Olá queridos e queridas, como estão? Uma coisa que preciso dizer é que "amo" filmes antigos, principalmente os de suspense e terror. Principalmente da década de 50. E venho hoje exatamente falar sobre um dessa década tão querida. O filme se chama Tara Maldita seu título original é The Bad Seed, o nome do filme se trata nada mais que um trocadilho com o nome da personagem Tara, e a palavra "tara" de querida ou persuasiva. O filme é uma adaptação do livro The Bad Seed escrito por William March em 1954. Naquele mesmo ano o livro ganhou um e rendo para uma peça teatral, possuindo no total 334 apresentações. A peça abriu na Broadway em 8 de dezembro de 1954, no 46th Street Theatre em Nova York , Nova York. Depois de cinco meses, a peça se mudou para o Coronet Theatre na 49th Street, e permaneceu lá até a performance final em 27 de setembro de 1955. Em 1956 o livro ganhou uma adaptação para filme, qual recrutou alguns dos atores da peça, como a pequena atriz Patty McCormack que interpretou Rhoda Penmark.
O filme conta a história da família Penmark. Rhoda é uma menina fofa, meiga, limpinha e perfeita. Limpa seu quarto, dobra suas roupas e obedece seus pais. Mas com a morte de um amiguinho da classe de Rhoda. Tudo começa quando seu pai sai para viajar a trabalho e se ausenta por um alguns meses, e como toda dona de casa a Senhora Christine passa a ser mais vigilante. Uma vizinha simpatica enche a pequena Rhoda com presentes e sempre admira a menina por seu bom comportamento, é nesse momento que a jovem usa seu lado encantador e persuasão para ganhar mais presentes. Em uma tarde quase perfeita tem uma saída da escola, um lindo piquenique em um parque. A a Senhora Christine recebe um recado sobre uma criança ter se afogado em um lago do parque e com o coração na boca corre para saber qual criança foi, por sorte (ou azar) não foi Rhoda mas um meninino que aparentemente desequilibrantemente e caiu no lago. Christine preocupada como toda mãe senta para conversar com sua filha sobre o ocorrido, o que é normal uma mãe fazer, mas Christine se surpreende com a reação de Rhoda ela não mostra nem um sinal de nervosa, preocupada ou de mal estar em relação a criança que estudava com ela. A única coisa que ela fala é sobre a refeição e que estava com fome.
Um pouco mais afrente você encontra o jardineiro, que me passou a sensação de ser pedófilo... e de linguá afiada, ele esta convencido que foi Rhoda que matou o amiguinho de classe, pois em vez de estar de luto decide sair para andar de patins. Mas ele deixa claro que apenas está brincando de provocá-la e realmente é o único que consegue irritar Rhoda e da lhe medo. Ao decorrer da histórias muitas outras coisas acontecem, mostrando um grande descontrole da menina em relação a morte do menino, deixando cada vez mais sua mãe preocupada que passa por papel de "mulher estérica sobrecarregada" pela falta do marido, mas ninguém consegue ver o que ela ver em sua própria filha. Ela é perfeita mas não é boa. Assim Christine tenta lidar com a situação sozinha sem seu marido para ajuda-la, cada vez mais a história vai ficando mais tensa deixando bem claro que Rhoda não é nenhuma santa apesar da carinha fofinha. E que pode fazer qualquer coisa para conseguir o que quer. Pistas e vestígios são sendo jogados e ocultados, mas o espectador é o único que sabe de tudo.
Tenho que deixar claro que a interpretação de Patty McCormack foi incrível! Se mostrava meia e delicada, mas conseguia trabalhar com suas feições e olhares de uma forma que é muito raro crianças fazerem. Ela não foi nadinha forçada, realmente uma grande atriz. Os outros atores também são maravilhosos mas fiquei admirada com Patty por interpretar uma psicopata mirin. Apesar do nome estranho em português rs e preferir muito mais o titulo original a história é realmente muito interessante e lhe prende do inicio ao fim. Você pode notar que o filme possui poucos cenários (sala, quarto, jardim, parte da frente da casa, casebre do jardineiro), o que faz lembrar muito uma peça teatral, acho que essa era a intenção do filme, o que eu amei!
Quando o livro foi lançado em 1954 dividiu o pensamento de muitas pessoas. Na década de 50 já era um grande tabu falar sobre sexo e drogas com adolescentes, imagina falar sobre "crianças psicopatas" ou com gênio maldoso. Apesar de muitos negarem acreditar, sabemos muito bem que tal coisa existe. Psicopatas já nascem assim, ocorre algumas casos de virarem com o decorrer da vida mas maior casos é algo que já vem acompanhando desde a infância e muitas vezes nem é notável. É esse o assunto que March abordou em seu livro. Como uma família reagiria ao descobrir que seu pequeno anjo que você ama é na verdade uma pessoa cruel, e que como toda criança que se importa com pequenas coisas, faz manha só que diferente de chorar pode tomar certas medidas, Como controlar uma criança assim? O que fazer ao descobrir isso? Até hoje são perguntas difíceis de responder, na verdade um assunto muito confuso e doloroso.
OBS: O livro fez tamanho sucesso que teve variáveis tiragens de capas, e uma linda boneca da Tara. Recentemente a editora DarkSide publicou o livro que deu origem ao filme, renomeado de "Menina Má" a capa é simplesmente linda e o conteúdo maravilhoso. Em breve irei trazer a resenha do livro. Vou ficando por aqui, até aproxima postagem!
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